terça-feira, 14 de junho de 2011

Desculpe


Desculpe não sei mais fazer isso, não sei mais me envolver sem me apegar, por isso tanto tempo sozinha, não sei nem mais escrever aquela histórias cheias de curvas e poesias, perdi o tato, perdi a emoção, a empolgação, e até um pouco da tentação, meu sofá parece tão confortável, e ele era o lugar onde eu menos gostava de estar, minha casa antigamente era meu ponto de visita, podia ir lá para se esconder de mim, era o último lugar onde me encontraria, deve ser a idade não é mesmo, deve ser as idas e vindas, os pontos, as vírgulas, as palavras mal ditas, as cachaças mal digeridas, a batida entre o meio e o começo sem fim, deve ser a falta de nexo das palavras, ou o complexo que nelas embarca, deve ser a falta de fazer, é hora de criar, é hora de voltar a se dedicar, a quê? A vida, a viver, a amar. Amar as coisas simples, as coisas pequenas, o vento na cara, a velocidade na moto, o cheiro de mato, o sol nascente, e o poente, e andar de mãos, e acalmar a inquietude, e dividir os desejos, é somar os anseios, é ser letra, é ser música, acústica, única, própria , autentica, é ser mais humana, é ser gente, e vez ou outra ser inconsequente, e consequentemente viver.

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