Desculpe não sei mais fazer isso, não sei mais me envolver sem me apegar, por isso tanto tempo sozinha, não sei nem mais escrever aquela histórias cheias de curvas e poesias, perdi o tato, perdi a emoção, a empolgação, e até um pouco da tentação, meu sofá parece tão confortável, e ele era o lugar onde eu menos gostava de estar, minha casa antigamente era meu ponto de visita, podia ir lá para se esconder de mim, era o último lugar onde me encontraria, deve ser a idade não é mesmo, deve ser as idas e vindas, os pontos, as vírgulas, as palavras mal ditas, as cachaças mal digeridas, a batida entre o meio e o começo sem fim, deve ser a falta de nexo das palavras, ou o complexo que nelas embarca, deve ser a falta de fazer, é hora de criar, é hora de voltar a se dedicar, a quê? A vida, a viver, a amar. Amar as coisas simples, as coisas pequenas, o vento na cara, a velocidade na moto, o cheiro de mato, o sol nascente, e o poente, e andar de mãos, e acalmar a inquietude, e dividir os desejos, é somar os anseios, é ser letra, é ser música, acústica, única, própria , autentica, é ser mais humana, é ser gente, e vez ou outra ser inconsequente, e consequentemente viver.
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